terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sou testemunha do descaso coletivo diário, manifestando-se em carne, nos deficientes que vendem paçoca nas calçadas ou nos índios que jogados nas esquinas mais parecem chicletes velhos grudados no chão, que pisamos diariamente sem nos darmos conta da cena que deprime.Talvez eu até possa julgar que a condição sócio moral dos habitantes da cidade interfira nesta percepção. Mas por outro lado, estaria eximindo de culpa o coletivo, que se esconde atrás de uma pseudo neblina de deturpação cerebral, que de tão turva, nos causa pena e às vezes nos faz sentirmos culpados pela pobreza de espírito alheia... mas vamos e convenhamos...pobre, odeia pobre!...e isto,senhores, não tem haver com deus, isto tem haver com consciência...por isso, não adianta querer consciência de pobre em relação a pobreza...eu venho de uma família pobre e sei disso... 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


No momento me dou conta de que somos todos irmãos;todos nós, que nada herdamos de nossos pais alem do desconforto no estomago e a certeza de que sangrar será nosso projeto de futuro eterno. Nos, que nos convencemos diariamente de que o amargo impregnado na garganta é o mais próximo do doce que jamais sentiremos. Nos, vitimas de amores não planejados, expurgados de sentir as manhãs coloridas em parques iluminados e os sabores de uma viagem em família a alguma cidade litorânea qualquer. Apesar de nos privarem o , é preciso caminhar!Repetirei até a saliva de minha boca virar areia: é preciso caminhar! Quem sabe em um futuro não muito distante, o mal cheiro de nossos pensamentos venham a sufocar os grandes  pensadores,petrificados em suas salas. Seguir em frente é a maior das metas.Mantermo-nos vivos, por si só, é a revolução